NOSSOS PRINCIPAIS DESAFIOS

Desejamos criar um Plano que esteja em total sintonia com o Plano Nacional de Cultura - PNC. Isto significa dizer que devemos "falar a mesma língua" e comungar com os mesmos objetivos. É evidente que devemos resguardar as devidas proporções, interesses e desigualdades socioculturais. 

Precisamos garantir que os recursos alocados para a Cultura, sejam, de fato e de direito, repassados. E, uma vez à disposição, que eles sejam distribuídos e descentralizados de maneira igualitária para todos os setores.

Nunca, na história de Ilhéus, conseguimos 1% de recursos para serem usados na Cultura. Apesar do ano de 2010 ter um orçamento ímpar, a Fundação Cultural de Ilhéus recebeu apenas 0,46% dos recursos. Destes, somente 0,15% foi usado em projetos, eventos e apoios diretos à grupos e artistas. 

Eis os nossos principais desafios:

1. Reconhecer a diversidade cultural ilheense.

a) Promover a atualização da noção de patrimônio cultural, produzindo uma política sustentável de patrimônio, memória e preservação com as dimensões circulação, acesso, produção e geração de valor. Dotar a Fundação Cultural de Ilhéus de mecanismos para liderar as ações e políticas de patrimônio, preservação e memória.

b) Desenvolver e ampliar políticas e programas que relacionem cultura e pensamento, como formas de articular universidades e instituições acadêmicas e culturais e propiciar espaços e meios públicos para reflexão, crítica, apoio à produção, à pesquisa, à formação cultural e ao debate intelectual.

2. Assegurar a cidadania cultural e a acessibilidade.

a) Criar o Plano Municipal do Livro e da Leitura, tendo como referencial o Plano Nacional, como parte integrante da política para colocar o livro e a leitura num lugar de destaque no imaginário e na cesta básica do ilheense e como promoção da língua portuguesa.

b) Valorizar grupos culturais que trabalham com os conceitos de criação colaborativa (creative commons), direitos autorais não restritivos ou direitos livres (copyleft), novos processos de produção e distribuição, entre outros, que colaborem com a maior acessibilidade do público a bens e serviços culturais.

c) Desenvolver e ampliar políticas e programas que franqueiem o acesso aos meios de fruição, difusão, distribuição e produção de obras audiovisuais.


3. Fortalecer a economia e a auto-sustentabilidade da Cultura.

a) Promover a capacitação de empreendedores da cultura e investir em novos processos e modelos de negócios da cultura que envolvam as cadeias criativas de produção e de distribuição de bens culturais.

b) Promover o desenvolvimento responsável do turismo cultural.

4. Compreender a educação e a comunicação como dimensões fundamentais da Cultura.

a) Assegurar que as Escolas públicas municipais incorporem a cultura como um dos eixos estruturantes de seus processos pedagógicos.


b) Desenvolver ações que potencializem a universidade e a escola como pontos de difusão e produção cultural.


5. Desenvolver uma política diversificada e eficaz de financiamento da cultura.

a) Criar uma agência financiadora de projetos culturais, a exemplo da FINEP na área de ciência e tecnologia, que permita mobilizar recursos com maior agilidade e alavancar a economia da cultura.

b) Desenvolver e regulamentar o NAIP - Núcleo de Apoio a Informação e Financiamento de Projetos e outros fundos públicos e privados de investimento em cultura.

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